{"id":60,"date":"2012-01-31T01:24:07","date_gmt":"2012-01-31T03:24:07","guid":{"rendered":"http:\/\/ushuaialaska.wordpress.com\/?p=60"},"modified":"2012-01-31T01:24:07","modified_gmt":"2012-01-31T03:24:07","slug":"primeiros-dias","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.ushuaialaska.com.br\/primeiros-dias\/","title":{"rendered":"Primeiros dias"},"content":{"rendered":"

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S\u00e3o 00h39, Affonso ronca na cama ao lado. Estamos no hotel Pilar, em Pilar do Sul, sudoeste de S\u00e3o Paulo e esse \u00e9 o fim do segundo dia de viagem.<\/p>\n

Erramos tudo no primeiro dia. Quisemos fazer um caminho por Tabo\u00e3o da Serra e Embu, que foi massa de conhecer e almo\u00e7ar, mas fomos parar na periferia de Cotia, que deve ser a perifa de relevo mais acidentado do Estado. Surreais as ladeiras de terra que pegamos. Isso nos atrasou bastante e fomos parar em Ibiuna \u00e0s 22h! S\u00f3 precisou de um dia pra entendermos que n\u00e3o vamos mais pedalar de noite.<\/p>\n

No mais, fomos recebidos por uma fam\u00edlia porreta em S\u00e3o Roque: Tha\u00eds, e seus filhos Ulisses e J\u00falia. Eles nos ofereceram toda sorte de comida org\u00e2nica e comemos feito bodes que s\u00e3o soltos depois de dormir amarrados. Impressionante como o sabor das coisas \u00e9 totalmente diferente, n\u00e3o s\u00f3 pela comida org\u00e2nica, mas pela necessidade primordial de alimentar-se bem. O cansa\u00e7o era muito maior do que o previsto, mas t\u00ednhamos dois sof\u00e1s pra descansar e est\u00e1vamos enfim com o p\u00e9 na estrada.<\/p>\n

No segundo dia, rumamos pra S\u00e3o Miguel Arcanjo, mas quem disse que chegar\u00edamos? No caminho vimos cobras mortas, macacos na beira da pista, muitos rios e as subidas pareciam n\u00e3o acabar nunca. Diversas pessoas perguntando onde \u00edamos, buzinando, dando for\u00e7a. Um ciloviajante \u00e9 meio que um ET mesmo. Acabamos posando em Pilar do Sul, onde est\u00e1vamos prontos pra acampar, mas por uma sorte dessas que n\u00e3o acontecem duas vezes, uma pessoa pagou o hotel pra n\u00f3s. Explico essa hist\u00f3ria na pr\u00f3xima postagem.<\/p>\n

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Preciso muito agradecer um monte de gente: ao Mau pela c\u00e2mera emprestada, ao Vitor e \u00e0 Sheila e fam\u00edlia pelo incr\u00edvel curso intensivo de primeiros-socorros e findi em Indaiatuba, ao Arthur pelos tr\u00eas encontros que nos ajudaram demais, \u00e0 Julie, pq ela \u00e9 linda, ao pessoal da Bicicletaria Nobre que deixou minha bike nos trinks, ao Ourinhos pela formata\u00e7\u00e3o do projeto comercial da viagem, ao Palmas e ao Silas pelo help informal na oficina M\u00e3o na Roda e a todo mundo que est\u00e1 se envolvendo de uma maneira ou de outra. Disse e repito: energia boa nunca \u00e9 demais.<\/p>\n

No mais, eu queria que essa postagem fosse um jorro. Queria que chovesse uma garoa morna e que todo mundo sa\u00edsse pra dan\u00e7ar em S\u00e3o Paulo. Queria que todo mundo pudesse compartilhar as imagens, as dores e o suor do que vivemos em t\u00e3o pouco tempo. Sim, talvez um mundo com mais bicicletas fosse realmente menos ruim.<\/p>\n

Ps: um poema<\/a> pra quem est\u00e1 pensando em viajar.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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